Visão Geral do Conteúdo
- 1 Compreendendo a Comunicação Interventricular
- 2 Reconhecendo os Sintomas da Comunicação Interventricular (CIV)
- 3 Causas da Comunicação Interventricular
- 4 Diagnóstico da CIV: A Importância do Ecocardiograma e da Detecção Precoce
- 5 Explicando a Comunicação Interventricular (CIV) para leigos
- 6 Tratamento da CIV
- 7 Tratamento Detalhado da Comunicação Interventricular: Uma Visão Técnica
- 8 Qual médico procurar?
- 9 Vivendo com CIV
- 10 Reflexão Final sobre a Comunicação Interventricular
- 11 Perguntas Frequentes sobre Comunicação Interventricular (CIV)
- 11.1 1. O que é Comunicação Interventricular (CIV)?
- 11.2 2. Quais são os sintomas da CIV?
- 11.3 3. Como é feito o diagnóstico da CIV?
- 11.4 4. Qual é o tratamento para a CIV?
- 11.5 5. Quem deve tratar a CIV?
- 11.6 6. Qual a prevalência da CIV no Brasil?
- 11.7 7. A CIV pode se fechar sozinha?
- 11.8 8. Quais são os cuidados necessários após a cirurgia da CIV?
- 11.9 9. A CIV causa insuficiência cardíaca?
- 11.10 10. A CIV é uma condição hereditária?
- 11.11 11. Quais as consequências de não operar uma CIV grande?
Seja bem-vindo a uma exploração detalhada sobre um tema médico que, embora relativamente comum, pode não ser familiar para todos – a Comunicação Interventricular (CIV).
Dr. Rafael Otsuzi, cardiologista, unindo forças com os renomados especialistas Dr. Francisco Fernandes Moreira Neto, cirurgião cardiovascular pediátrico e adulto, e Dra. Taisa Tavares, com expertise em Cardiologia e Ecocardiografia, montamos uma jornada completa de conhecimento sobre esta condição.
Nosso intuito é ampliar a conscientização e compreensão sobre a CIV.
Compreendendo a Comunicação Interventricular
A Comunicação Interventricular (CIV) é uma cardiopatia congênita, ou seja, está presente desde o nascimento. Ocorre quando existe uma abertura na parede que divide os dois ventrículos, as principais câmaras de bombeamento do coração. Esta abertura permite que o sangue flua diretamente de um ventrículo para o outro, levando a uma série de complicações que discutiremos em detalhes posteriormente.
A CIV é um defeito cardíaco congênito bastante comum, ocorrendo em cerca de 2 a 3 em cada 1000 nascimentos. Isto significa que milhares de famílias são afetadas por esta condição todos os anos, incluindo a família de Thaila Ayala e Renato Góes cuja filha, Thereza, foi diagnosticada com CIV.
Reconhecendo os Sintomas da Comunicação Interventricular (CIV)
O quadro clínico da CIV pode variar amplamente, desde casos assintomáticos até situações mais graves. Em alguns casos, os recém-nascidos podem não mostrar sinais imediatos de uma Comunicação Interventricular (CIV), enquanto em outros, podem ter dificuldades para respirar, redução no crescimento e dificuldade para se alimentar e ganhar peso.
Muitas vezes, a condição é detectada durante um exame médico de rotina, quando o médico ouve um som característico chamado “sopro” no coração do bebê. Em outros casos, a condição pode não ser descoberta até que a criança comece a apresentar sintomas como fadiga, respiração rápida ou dificuldade para ganhar peso.
Causas da Comunicação Interventricular
A causa exata da Comunicação Interventricular (CIV) ainda é objeto de pesquisa, mas acredita-se que seja devida a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A CIV pode ocorrer de forma isolada ou como parte de uma síndrome genética, como a Síndrome de Down. Além disso, fatores ambientais, como o consumo de álcool ou drogas durante a gravidez, também podem aumentar o risco de CIV.
Diagnóstico da CIV: A Importância do Ecocardiograma e da Detecção Precoce
O diagnóstico preciso da CIV é uma etapa crucial para um tratamento eficaz. Comumente, a CIV é identificada via um exame denominado ecocardiograma. A Dra. Taisa Tavares, especialista nesta modalidade de exame, nos esclarece:
”O ecocardiograma permite uma observação em tempo real do coração, possibilitando o monitoramento do fluxo sanguíneo. Através dele, conseguimos identificar a existência de uma abertura entre os ventrículos, determinar seu tamanho e compreender como está impactando a funcionalidade do coração.”
Vale ressaltar que, em alguns cenários, a Comunicação Interventricular (CIV) pode ser detectada antes mesmo do nascimento, durante os exames de ultrassom pré-natal. A identificação precoce da condição é essencial para o planejamento adequado do cuidado e das intervenções após o nascimento. Para um entendimento mais aprofundado sobre o processo de diagnóstico da CIV, convidamos você a ler o artigo completo preparado pela Dra. Taisa, acessível aqui
Explicando a Comunicação Interventricular (CIV) para leigos
Para entender o impacto da CIV no coração, pode ser útil pensar no coração como um sistema de encanamento. Em um coração saudável, o sangue flui em uma única direção, como água correndo por um cano. No entanto, em um coração com CIV, há um vazamento nesse cano, permitindo que a água (ou nesse caso, o sangue) flua de volta na direção oposta. Isso pode sobrecarregar o coração e causar vários problemas.
O coração é uma bomba propulsora de sangue em direção a duas circulações diferentes, mas em série. O lado esquerdo do coração tem alta pressão e o lado direito baixa. Pelo principio de vasos comunicantes a Comunicação Interventricular (CIV) cria uma passagem para o desvio do sangue da camara de mais alta pressão para o de baixa pressão, causando assim sobrecarga pressórica e de volume de sangue que é prejudicial ao funcionamento do musculo cardíaco.
Tratamento da CIV
O manejo e o tratamento da Comunicação Interventricular (CIV) dependem muito da gravidade da condição, que são ditadas pela posição e tamanho do orifício.. Em casos leves a moderados, a CIV pode fechar por si mesma à medida que a criança cresce, e o tratamento pode ser apenas de acompanhamento e monitoramento.
No entanto, em casos mais graves, como o da pequena Thereza, é provável que a cirurgia seja necessária. Dr. Francisco Fernandes Moreira Neto, com sua vasta experiência em cirurgia cardiovascular, esclarece: “A cirurgia para corrigir uma Comunicação Interventricular (CIV) envolve fechar a abertura entre os ventrículos, normalmente utilizando um patch ou tecido do próprio paciente. Este é um procedimento bastante comum e, graças aos avanços na tecnologia médica, a taxa de sucesso é muito alta”.
Deve-se notar que embora a cirurgia possa parecer assustadora, particularmente quando se trata de um recém-nascido ou de uma criança pequena, é importante lembrar que a cirurgia é realizada por cirurgiões altamente treinados e especializados, como o Dr. Francisco, em ambientes médicos altamente controlados.
Tratamento Detalhado da Comunicação Interventricular: Uma Visão Técnica
Quando abordamos o tratamento da Comunicação Interventricular (CIV), é importante compreender que o planejamento do tratamento é personalizado para cada paciente, levando em consideração o tamanho da comunicação, da localização, da presença de sintomas e a idade do paciente. O Dr. Francisco Moreira Neto, cirurgião cardiovascular adulto e pediátrico, nos oferece uma visão aprofundada sobre as várias alternativas terapêuticas para a CIV.
Vigilância médica:
Em algumas circunstâncias, especialmente quando a CIV é pequena (restritiva), a comunicação pode fechar espontaneamente durante a infância. Nestes casos, opta-se por uma estratégia de acompanhamento clínico, com consultas regulares para monitorização da evolução do quadro.
Farmacoterapia:
Se a Comunicação Interventricular (CIV) desencadear sintomas como falta de ar ou dificuldade no ganho de peso, pode ser indicado o uso de medicamentos para o controle desses sintomas. Os medicamentos ajudam a diminuir o esforço do coração, a reduzir o acúmulo de líquidos no corpo e a reduzir a pressão arterial.
Intervenção cirúrgica
Nos casos de CIV ampla, que provoca sintomas significativos ou complicações como insuficiência cardíaca, é necessária a intervenção cirúrgica para o fechamento do defeito. Este procedimento pode ser realizado mediante cirurgia cardíaca aberta convencional ou minimamente invasiva, ou até mesmo por cateterismo cardíaco, para restabelecer o fluxo sanguíneo normal no coração.
Cirurgia cardíaca aberta:
Geralmente realizada sob anestesia geral, a cirurgia cardíaca aberta envolve a abertura do peito para acessar o coração e suturar para ocluir a abertura entre os ventrículos. É uma cirurgia de grande porte e requer a utilização de uma máquina de circulação extracorpórea.
A correção das cardiopatias congênitas como CIA e CIV podem também ser realizadas por cirurgia minimamente invasiva. Esta é uma evolução em relação à cirurgia convencional, já que a incisão é realizada na lateral do tórax, mais precisamente na linha axilar, de tamanho bem menor (4 a 5 cm), com consequente menor risco de sangramento, dor torácica e com cicatriz invisível.
Cateterismo cardíaco:
Um procedimento menos invasivo que a cirurgia cardíaca aberta, o cateterismo cardíaco envolve a inserção de um cateter (um tubo fino e flexível) via um vaso sanguíneo até o coração. O cirurgião, então, guia um dispositivo de fechamento até a Comunicação Interventricular (CIV) e o implanta para fechar a abertura.
Cuidados pós-operatórios:
Após o procedimento cirúrgico, o paciente passa por um período de recuperação, que inclui o acompanhamento regular com o cardiologista para monitorar a função cardíaca e garantir que o coração esteja curando adequadamente. O acompanhamento pós-operatório também inclui medidas para a prevenção de endocardite infecciosa (infecção no coração).
Qual médico procurar?
Se você suspeitar que seu filho possa ter uma CIV, o primeiro passo é consultar o pediatra. Se a CIV for suspeita, seu filho provavelmente será encaminhado a um cardiologista pediátrico. Este especialista em coração infantil tem o treinamento e a experiência necessários para diagnosticar e tratar a CIV e outras doenças cardíacas congênitas.
Caso a cirurgia seja necessária, seu filho será atendido por uma equipe de profissionais de saúde, que pode incluir um cirurgião cardiovascular pediátrico, como o Dr. Francisco.
Vivendo com CIV
A vida após o diagnóstico de CIV requer acompanhamento contínuo. No entanto, é importante saber que muitas crianças com CIV levam uma vida normal e saudável. As limitações de atividades são geralmente mínimas e, após a cirurgia, a criança normalmente recupera completamente seu desenolvimento e expectatia de vida .
O caso da bebê Thereza
A notícia de que a bebê Thereza, filha dos atores Thaila Ayala e Renato Góes, foi diagnosticada com CIV e passou por uma cirurgia cardíaca gerou muita atenção e aumentou a conscientização sobre esta condição.
Felizmente, graças ao diagnóstico precoce e ao tratamento oportuno, Thereza está se recuperando bem. Este é um exemplo prático de como a detecção precoce e o tratamento adequado podem resultar em desfechos positivos.
Reflexão Final sobre a Comunicação Interventricular
A CIV é uma condição que afeta muitas famílias brasileiras, mas com o avanço da medicina e a experiência de profissionais dedicados como o Dr. Francisco e a Dra. Thaisa, a maioria dos casos pode ser efetivamente gerenciada.
Esperamos que este artigo tenha ajudado a entender um pouco mais sobre a Comunicação Interventricular. Se você ou alguém que você conhece está lidando com essa condição, saiba que existem recursos disponíveis e que você não está sozinho. Como sempre, recomendamos que consulte um médico se tiver alguma preocupação específica.
E como diz o Dr. Francisco, “Cada caso é único e requer uma abordagem individualizada. A chave é trabalhar em estreita colaboração com sua equipe médica para criar o melhor plano de tratamento para sua situação específica”.
Perguntas Frequentes sobre Comunicação Interventricular (CIV)
1. O que é Comunicação Interventricular (CIV)?
A Comunicação Interventricular (CIV) é uma condição congênita do coração, onde há uma abertura na parede que separa os dois ventrículos do coração. Isso pode causar a mistura de sangue rico em oxigênio com sangue pobre em oxigênio.
2. Quais são os sintomas da CIV?
Os sintomas da CIV podem variar, mas frequentemente incluem:
Falta de ar
Suor excessivo durante a alimentação
Dificuldade de alimentação
Crescimento lento
Infecções pulmonares frequentes
3. Como é feito o diagnóstico da CIV?
O diagnóstico da CIV é feito geralmente através de um exame chamado ecocardiograma. Em alguns casos, a CIV pode ser detectada antes mesmo do nascimento, através de exames de ultrassom pré-natal (eco fetal).
4. Qual é o tratamento para a CIV?
O tratamento da CIV pode variar dependendo do tamanho da abertura no coração e dos sintomas do paciente. Pode incluir a observação atenta, a medicação ou a cirurgia.
5. Quem deve tratar a CIV?
O tratamento da CIV deve ser conduzido por um médico especialista em cardiologia pediátrica ou por um cirurgião cardiovascular pediátrico, como o Dr. Francisco Fernandes Moreira Neto.
6. Qual a prevalência da CIV no Brasil?
A CIV é a malformação cardíaca congênita mais comum, representando cerca de 20% de todos os casos.
7. A CIV pode se fechar sozinha?
Em alguns casos, principalmente quando a CIV é pequena, a abertura pode se fechar sozinha à medida que a criança cresce.
8. Quais são os cuidados necessários após a cirurgia da CIV?
Após a cirurgia, o paciente necessita de acompanhamento regular com o cardiologista para monitorar o processo de cura do coração e garantir que não haja complicações.
9. A CIV causa insuficiência cardíaca?
Se a CIV for grande e não tratada, pode levar à insuficiência cardíaca. Isto é devido ao fato de que o coração precisa trabalhar mais para bombear o sangue.
10. A CIV é uma condição hereditária?
A causa exata da CIV não é conhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Em alguns casos, a CIV pode estar associada a síndromes genéticas.
11. Quais as consequências de não operar uma CIV grande?
Existe o risco de hipertensão pulmonar e inversão do padrão do fluxo do sangue (Síndrome. de Eisenmenger), que quando instalada contraindica a realização da cirurgia e provoca morte prematura da criança.