Em uma recente declaração, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou oficialmente o aspartame, um adoçante artificial comum, como um possível carcinogênico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) mantiveram a posição de que a ingestão de aspartame é segura até um limite diário (conforme veremos abaixo). Entretanto, esta decisão gerou controvérsias, com a FDA dos EUA em discordância.
Contexto da Decisão da IARC
A classificação do adoçante artificial no Grupo 2B pela IARC significa que as evidências de sua carcinogenicidade são “limitadas”. Esta decisão foi baseada em dados de três estudos que investigaram a relação entre o consumo de aspartame e o câncer primário de fígado.
No entanto, é importante notar que a categoria 2B não confirma que o aspartame causa câncer em humanos, apenas que mais pesquisas são necessárias.
Posicionamento da OMS e JECFA
A OMS e o JECFA reafirmaram a posição existente de que o consumo de aspartame de até 40 mg por kg de peso corporal por dia é seguro. Isso equivale a aproximadamente 9 a 14 refrigerantes dietéticos.
Reação da FDA
Em resposta à decisão da IARC, a FDA, que analisou as mesmas evidências, discordou da conclusão da IARC. Para a FDA, o aspartame sendo rotulado como “possivelmente carcinogênico para humanos” pela IARC não significa que o adoçante artificial esteja efetivamente associado ao câncer.
Opinião de Especialistas
Vários especialistas expressaram suas opiniões sobre a decisão da IARC através do Science Media Centre, no Reino Unido. Eles ressaltaram a segurança do aspartame e enfatizaram que a evidência de que o adoçante artificial causa câncer, seja primário de fígado ou qualquer outro em humanos, é muito fraca. O Dr. Paul Pharoah, do Cedars-Sinai Medical Center, argumentou que a classificação 2B é uma classificação conservadora e que qualquer evidência de carcinogenicidade, por mais falha que seja, colocará um produto químico nesta categoria ou acima.
Comparação com Outras Substâncias
Para colocar em perspectiva, substâncias como o extrato de aloe vera, óleo diesel e ácido cafeico, encontrados em café e chá, também são classificados no Grupo 2B pela IARC. Isso serve para ilustrar a amplitude desta categoria e que ela não indica uma ameaça definitiva à saúde.
Reflexão Final
Embora a classificação do aspartame como potencialmente cancerígeno pelo IARC tenha causado alguma preocupação, é essencial compreender a nuance deste anúncio.
A designação de “possivelmente carcinogênico” não confirma que o aspartame causa câncer; em vez disso, indica a necessidade de mais pesquisas para explorar essa possibilidade de forma conclusiva.
Especialistas em saúde e a FDA reforçam que o adoçante artificial, quando consumido dentro dos limites recomendados, não representa uma ameaça significativa à saúde. Por outro lado, como acontece com qualquer substância, um consumo excessivo pode ser prejudicial. Portanto, enquanto aguardamos mais pesquisas para esclarecer o potencial impacto do aspartame na saúde humana, a prudência aconselha um consumo moderado deste adoçante artificial.
Queremos saber o que você pensa sobre esta questão. Você vai alterar seu consumo de aspartame à luz desta informação recente? Compartilhe suas opiniões conosco nos comentários abaixo.
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Perguntas frequentes sobre Aspartame
O que é Aspartame?
Aspartame é um adoçante artificial, cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar. É usado em uma variedade de produtos alimentícios e bebidas dietéticas para proporcionar o sabor doce sem as calorias do açúcar.
O Aspartame é seguro?
Segundo a FDA, a OMS e o JECFA, o adoçante artificial é seguro para consumo humano, quando utilizado dentro das doses recomendadas. A FDA, por exemplo, define o limite de segurança em 50 mg por kg de peso corporal por dia.
Quais são as doses seguras de Aspartame?
De acordo com a OMS e o JECFA, o consumo seguro de adoçante artificial é de até 40 mg por kg de peso corporal por dia. A FDA, entretanto, estabelece um limite um pouco maior, em 50 mg por kg de peso corporal por dia.
O Aspartame pode causar câncer?
Recentemente, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou o Aspartame como um “possível carcinogênico”. No entanto, isso não confirma que o aspartameadoçante artificial causa câncer, apenas indica a necessidade de mais pesquisas.
Por que a IARC classificou o Aspartame como possivelmente cancerígeno?
A classificação da IARC se baseou em três estudos que avaliaram a ligação entre a ingestão de Aspartame e o câncer de fígado primário. Porém, a evidência é considerada “limitada”, por isso é preciso mais pesquisas para chegar a uma conclusão definitiva.
Quais são outros exemplos de substâncias classificadas como Grupo 2B pela IARC?
Outros exemplos de substâncias classificadas como Grupo 2B, a mesma categoria do adoçante artificial, incluem extrato de aloe vera, óleo diesel e ácido cafeico, encontrado no café e no chá.
A FDA concorda com a classificação da IARC do Aspartame como possivelmente carcinogênico?
Não, a FDA discorda da conclusão da IARC. De acordo com a FDA, o fato de o adoçante artificial ser rotulado como ‘possivelmente carcinogênico’ não significa que ele esteja realmente ligado ao câncer.
O que significa a classificação de “Grupo 2B” da IARC?
A classificação “Grupo 2B” é usada pela IARC para indicar que uma substância é possivelmente carcinogênica. Isso significa que existem evidências limitadas de carcinogenicidade em humanos.
Como a decisão da IARC sobre o adoçante artificial foi recebida pelos especialistas em saúde?
Muitos especialistas destacaram que a decisão da IARC reflete a falta de dados conclusivos mostrando uma relação causal entre o Aspartame e o câncer. Enfatizaram que o adoçante artificial é seguro quando usado dentro dos limites recomendados.
O que os consumidores devem fazer à luz da classificação do Aspartame como possivelmente carcinogênico?
Embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar o impacto do adoçante artificial na saúde humana, os consumidores são aconselhados a consumir o adoçante de maneira moderada, evitando excessos, enquanto se aguarda a realização de mais estudos.
[…] mais naturais para o adoçante artificial incluem:MelAçúcar de cocoSteviaXilitolAgaveFrutas frescas (para adoçar […]
Por favor, poderia colocar em mls ou litros a quantidade de 9 a 14 refrigerantes? 9 a 14 copos, latas ou garrafas de 2 litros de refrigerante?
Olá, Anderson!
Se você está se referindo à quantidade de aspartame em 9 a 14 refrigerantes, a quantidade exata pode variar dependendo da marca e do tipo de refrigerante. No entanto, para lhe dar uma ideia geral:
A maioria dos refrigerantes dietéticos contém entre 125 a 200 mg de aspartame por lata de 355 ml.
Lata:
9 latas: 9 x (média de 162,5 mg) = 1.462,5 mg
14 latas: 14 x (média de 162,5 mg) = 2.275 mg
Garrafa de 2 litros: Uma garrafa de 2 litros é aproximadamente 5,6 vezes o volume de uma lata.
9 garrafas: 9 x 5,6 x (média de 162,5 mg) = 8.190 mg
14 garrafas: 14 x 5,6 x (média de 162,5 mg) = 12.740 mg
Estas são estimativas aproximadas e, como mencionado, a quantidade exata pode variar. Se você está preocupado com a ingestão de aspartame, recomendo verificar o rótulo do refrigerante específico que você está consumindo ou entrar em contato com o fabricante para obter informações mais precisas.
Espero que isso ajude a esclarecer sua dúvida. Se tiver mais perguntas ou preocupações, estou à disposição!
Atenciosamente,
Dr. Rafael Otsuzi
[…] Em uma recente declaração, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classificou oficialmente o aspartame, um adoçante artificial comum, como um possível carcinogênico.A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) mantiveram a posição de que a ingestão de aspartame é segura até um limite diário (conforme veremos abaixo). Entretanto, esta decisão gerou controvérsias, com a FDA dos EUA em discordância. Leia mais […]